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  • neereis

King the Land: comédias românticas são necessárias


Atenção: as ilustrações dessa postagem serão um convite ao romance, escolhidas a dedo para te convencer a embarcar nessa história.


King the Land (Sorriso Real; Netflix) recém passou da metade dos episódios (10/16), mas é um dos assuntos preferidos da dramaland atualmente. A fórmula é aquela clássica de comédias românticas que unem dois completos opostos, sendo nesta o protagonista masculino um herdeiro de um dos maiores (e melhores!) hotéis (ou posso dizer de toda uma rede de serviços?) da Coréia do Sul que nunca sorri, e a protagonista feminina a melhor funcionária desse hotel cuja principal característica no trabalho é o seu belíssimo sorriso Hermès; um diferencial no atendimento ao cliente.


E você pode me dizer que isso não é novidade alguma, que as tropes grumpy-sunshine, chaebol apaixonado por pobre, enemies to lovers vibes pode ser encontrada em inúmeras romcoms. Pode alegar que eles estão, apenas, reciclando a fórmula. Que não apresentam nada de novo e que soam repetitivos... Então por que King the Land conquistou um público tão grande dentro e fora da Coréia? Se você me permite, a pergunta não deveria ser por que, mas como.


Essa respirada... esses olhinhos de noite serena...

  • Personagens Reais

Se você e suas amigas são assalariadas, certamente os perrengues do trabalho e todas as raivas que os cargos de chefia despertam são assunto recorrente e diário... exatamente o que acontece entre o trio de amigas e funcionárias das três vertentes do King Group: o King Hotel, o King Air e a King Distribution. “Um idiota arrogante”, “o cara do nepotismo”, alguém com “uma personalidade podre” e que “vai trabalhar para se divertir” porque “é um idiota egoísta que não ouve os outros" são apenas alguns comentários sobre o Gerente Geral do King Hotel, mas que parecem saídos do grupo de WhatsApp que tenho com a Debora e a Mari, por exemplo (seria cômico se não fosse trágico).


Para além das jornadas de trabalho (e todas as boas representações de injustiças trabalhistas, se é que posso chamar assim), vemos as inseguranças relacionáveis quanto aos relacionamentos; a relação familiar avó e neta, o que desperta diversas memórias sobre meu relacionamento com avós em cidades pequenas; o retrato de um casamento sustentado exclusivamente na figura feminina porque, infelizmente, o marido acredita ter conseguido uma escrava ao assinar os papeis no Cartório (evidenciando as jornadas duplas/triplas da maioria das mulheres, por exemplo).


A gentileza do toque, o desejo na ponta dos dedos...

  • A Química Explosiva

Ela vai tropeçar o cair nos braços dele enquanto tudo fica em câmera lenta. Ele vai fazer cara feia pro mundo, mas sorrir com o corpo inteiro quando olhar pra ela. A gente sabe o que acontece. A gente conhece todos os clichês e as cenas constrangedoras. A gente sabe como termina. Mas a mágica de King the Land tem sido feita no enquanto.


Lee Junho e Lim Yoona ofuscam. Eles são um casal que entrega o que toda romcom de qualidade precisa ter pra dar certo: química! É impossível tirar os olhos deles quando Cheon Sarang e Gu Won estão sendo insuportavelmente lindos e apaixonados. Eles te convencem de que o amor existe, de que estar apaixonado é a melhor coisa do mundo e que o amor deles é o mais bonito. E o que falar dos beijos? Realmente, um incêndio começa dentro da gente sempre que eles se beijam. A pegada do Junho *suspira* me faz dar a mãozinha a ele e abrir as portas da minha casa (pegue a referência aqui). A carinha da Yoona, sempre que a Sarang olha para o Gu Won, me faz pensar que ela canta mentalmente esse refrão porque "I got a boy, handsome boy..."


Eles já podem separar espaço na estante para o prêmio de Melhor Casal de Drama do ano.


Eu fico FRACA em todas as cenas em que o foco são as mãos das personagens! É sobre intimidade!!!

  • A Amizade

O trio formado pela Sarang, a Daeul e a Pyeonghwa é uma das minhas coisas preferidas do drama. O laço dessas três amigas é tão sólido, tão lindo, tão genuíno, que faz a gente se sentir parte do vínculo que elas têm, da rotina que elas levam. Eu amo o quanto elas se apoiam em toda e qualquer situação e o quanto são unidas; são família. Olhar pra elas me dá a sensação de casa, de certeza: a gente pode não saber desde quando elas são amigas e como tudo começou nessa relação, mas a gente sente que, ali, existe amor e irmandade porque a gente não imagina olhar para uma delas e não ver as outras duas existindo junto.


Eu sou uma grande entusiasta de núcleos de drama sobre amizade feminina (assistam a Hello, My Twenties!, a Be Melodramatic) e não poderia estar mais feliz com esse trio!


Os fios invisíveis de palavras não ditas e costuradas pelo afeto... ROMANCE!!

  • O Chaebol Humanizado

O primeiro dessa classe foi o personagem do Seonho em Strongest Deliveryman. E Gu Won seguiu seus passos mesmo que, à primeira vista, não demonstre nada tão intrigante. Mais um milionário bonito em ternos sob medida, de temperamento difícil e excelente formação educacional, com potencial a se tornar o CEO de um império empresarial. E à medida que os capítulos passam, as imperfeições dele tornam-se perceptíveis à primeira vista. Os traumas da infância, os acontecimentos do passado; o horror a sorrisos falsos que escondem as verdadeiras emoções (e eu amo o fato de o roteiro usar o sorriso, que um dia o destruiu por dentro, como fonte de cura interior).


A desconstrução (ou seria reconstrução?) da personagem é cativante! Ele tem aprendido a se abrir porque tem entendido a importância de colocar em palavras aquilo que sente e, isso, é o que tem dado a ele uma perspectiva diferente sobre a vida; a própria vida. Eu amo todas as cenas em que ele experimenta (literalmente! todas as cenas com comida eu fico !!!!) como é viver fora dos muros que ele construiu para se proteger desde muito novo e essa demonstração de vulnerabilidade é (talvez) o ponto mais atraente do nosso chaebol.


Sim, estamos FRACAS por um homem FRACO...

  • Entretenimento Purinho

Este é um drama leve. Daqueles que não exigem que se pense muito, pra dar boas risadas, muitas suspiradas e se permitir relaxar durante pouco mais de uma hora a cada sábado e domingo. Claro que tem todo o histórico de traumas e mommy issues do protagonista; da protagonista ser órfã; das intrigas familiares pelo poder sobre quem vai, de fato, herdar o King Group; elementos necessários para complementar a trama... mas o diferencial é que ela não se sustenta nisso, apenas. E eu penso que seja esse o ponto mais importante porque o drama se solidifica a cada semana dentro do seu gênero: antes de tudo e principalmente, é uma comédia romântica (graças a Deus por isso).


Obrigada por gostar de tudo em mim.


 

Assistir a King the Land é como receber uma massagem: a gente se deita e agradece o carinho recebido. É impossível não sorrir enquanto assiste. É garantia de um final de semana Hermès!


Categoria é: OLHAR APAIXONADO. Ainda bem que eu vivo sentada!










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