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The Fabulous: uma história sobre pertencimento

Atualizado: 31 de dez. de 2022

The Fabulous conta a história de 04 amigos que trabalham na indústria da moda, não necessariamente juntos, mas que têm uma ajudinha do roteiro para que as tramas, convenientemente, os costure em praticamente todos os ambientes. Nós acompanhamos Pyo Jieun (Chae Soobin), uma apaixonada relações públicas da Audrey, agência de marcas de luxo; Ji Woomin (Choi Minho), um fotógrafo freelancer bastante competente, mas que deseja outros horizontes; Ye Seonho (Park Heejung) uma supermodelo consolidada no mundo da moda; e Joseph (Lee Sangwoo), um talentoso estilista em ascensão.

Cale a boca e assista ao show, por favor.

Em 08 episódios, o drama retrata o trabalho, mas principalmente as relações de amizade do quarteto, enquanto marcas de luxo são citadas repetidamente (às vezes me sentia vendo uma sequência de Sex and the City, Gossip Girl ou Emily in Paris, rs) e o romance da Jieun e do Woomin se desenrola diante da tela. Antes de abordar o que realmente me chamou a atenção na história (além do abdômen do Minho, bendita seja a Netflix pelo presentão de Natal!), preciso dizer que, até o 3º episódio, achei que a história iria me manter na inércia e que terminaria de assistir apenas pelo Minho. E vou dizer o porquê...


O triângulo amoroso me cansou um pouco porque, por mais relacionável que a Jieun pudesse ser, eu continuava pensando no "protagonismo-no-jutsu" pra manter o interesse do Namjin (aqui foi paixão à segunda vista!) e do Woomin (primeiro eu quis bater a cabeça dele na parede, depois eu apenas quis dar meu coração pra esse neném) durante tanto tempo graças a Deus não arrastaram isso até o final porque, não fosse a necessidade de ver o Minho sendo protagonista de romcom, eu diria que esse não era o meu plot preferido do drama. Confesso que queria mais abordagem à Seonho (preconceito sistêmico, sexismo, solidariedade feminina!) e ao Joseph (protagonista LGBTQIA+!): as histórias dos dois eram tão interessantes que me senti revivendo o drama de "39" quando a história de um trio de amigas se tornou a história de uma mulher que tinha duas amigas. Também, não entendi (e não gostei!) o fato de o protagonista ser o mais raso do quarteto.


A personagem da Ahn Namhee, editora-chefe de editoriais de moda, continuou seguindo aquele padrão em produções televisivas ou cinematográficas: ela vai ser baseada na Miranda Priestly (O Diabo Veste Prada) ou Jacqueline Carlyle (The Bold Type) que, por sua vez, são versões da Anna Wintour. E quanto aos personagens Thierry Henry e Joseph, infelizmente, o roteiro apresentou mais uma contribuição para as caricaturas de personagens gays: uma pena, porque é tão difícil ver um drama coreano trazendo um personagem gay com protagonismo, mas ainda precisam refinar as nuances na escrita para que os estereótipos não continuem sendo reforçados.


Mas daí eu cheguei à metade do drama. E apesar de ficar 'assim assim' com todas as ressalvas acima, eu me vi rindo e me apegando às personagens, eu me senti parte daquele grupo de amigos porque o que eles tinham era muito especial; muito deles. E penso que a sacada genial está no título: The Fabulous, à primeira vista, remete ao glamouroso mundo da moda, com toda pompa, beleza e brilho. E quanto mais você buscar por isso, mais você pode se decepcionar porque, fabulosa mesmo, é a relação de pertencimento que o quarteto de jovens solidifica diariamente. No fim das contas, o drama traz marcas de luxo e alta-costura como pano de fundo, porque a delícia da trama é acompanhar o grupo de amigos (que química desses quatro juntos!!) simplesmente... existindo.


E já que existem "amigos mais chegados que irmãos", preciso dizer que as relações familiares desse drama foram um deleite de acompanhar! A começar por ela, a mãe do Joseph, maior incentivadora (e fã!) do filho. Eu fiquei tão feliz em ver o amor genuíno entre os dois, o quanto ela incentiva a criatividade do filho e o apoia incondicionalmente; assim como foi lindo ver os pais da Seonho sendo babões pela filha e demonstrando o que sentem em todas as oportunidades possíveis. Até a família rica, olhe só, trouxe uma matriarca que afirmou procurar uma nora "que não fosse troféu/modelo, mas que tivesse sua própria carreira", relevando até mesmo as classes sociais porque pensava, exclusivamente, na felicidade do filho (parece um sonho? pois é! não me acorde, por favor!). Temos também a família intergeracional da Jieun e todo o amor entre avó e neta, numa relação de cuidado e zelo imensos; e o fato de o Woomin ter "adotado" um rapaz novinho para ajudá-lo a realizar seu sonho enquanto ele própria corria atrás do seu.



Talvez por amar histórias sobre pessoas, principalmente histórias centradas em grupos de amigos que se tornam família, eu tenha gostado tanto desse drama. Foi divertido, leve, e um excelente presente de Natal poder acompanhar quatro jovens sendo o porto seguro, o consolo, o ombro amigo, a dose de serotonina e o conforto uns dos outros. E ainda me deram romance e uma cacetada de cena fofa pra me fazer suspirar! Não existiam vilões, apenas a vida com seus percalços, seus estresses, suas delícias e alegrias. É um drama que cresce à medida que a narrativa avança, porque cresce o apego que você nutre por cada personagem. The Fabulous é sobre pertencimento e família, e ainda nos dá Choi Minho sem camisa e sendo mocinho de romcom de brinde. A gente precisa de mais? Sinceramente, não.


 

Bônus:


Vidas solteiras importam!

Feliz Natal, SHINee World!


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