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Mystic Pop-Up Bar: uma história sobre ser, se perceber, se permitir sentir

“Todo mundo tem uma ferida que dói. O momento em que você está disposto a revelar aquela ferida que queria esconder é quando encontra alguém com a mesma ferida. Eu sei. Estou com tanta dor quanto você. Então você pode chorar na minha frente. Conforme você mostra a eles o seu verdadeiro eu, e quando eles fazem exatamente o mesmo, você começa a se conhecer pouco a pouco.” (episódio 06)

Um casal, uma lua, uma história de amor. Uma árvore, duas mortes, muita mágoa e dor. Um rapaz avesso ao toque, uma maldição. Uma mulher e a punição de ouvir 100.000 mágoas de seres humanos. Um homem e seu amor maior que a própria vida; que o tempo. As pontes entre o Mundo Mortal, as repartições do Pós-Vida, e o Onírico. Um drama que mistura comédia, romance, drama, história, mistério, fantasia: Mystic Pop-Up Bar é uma das melhores coisas que eu vi ultimamente e, se eu tivesse que defini-lo em uma palavra, seria coração.


Mystic é aquela história que vibra felicidade mesmo quando tudo o que você faz é chorar. Sim, isto é possível. E você não precisa dar um gole na bebida da Wol Joo, você só precisa sentir. E eu me senti abraçada em cada episódio! Porque eu me via representada na tela: seja quando precisava desabafar, seja quando precisava de alguém para conversar, seja para rir ou chorar. Mystic tinha o poder de curar o que Anahí chamou de "corazones rotos que van juntando pedacitos". Não existia um ar melancólico, apesar de Wol Joo e o Gerente Gwi terem cometido suicídio, há centenas de anos, e de todas as consequências de seus atos. Apesar de tudo, e principalmente por causa de tudo, eles eram espirituosos, agressivos, entregues; reais. E, no caso dela, tudo isso vem acompanhado por hanbok com tênis de corrida!

E como o drama segue um trio, os três atos podem ser definidos por essa família criada pelas circunstâncias, fortalecida pela convivência e desenhada pelo destino. À medida que Wol Joo se aproxima de seu objetivo, vamos entendendo quem ela é, vamos percebendo todas as cascas que ela colou sobre a própria pele para fingir que não sentia as dores da vida mesmo após a morte. Toda a aspereza superficial e o comportamento ranzinza escondem um coração generoso e sincero que se costura às tramas da história e nos faz pensar em seu parceiro de bar, de vida: o Gerente Gwi.


Este homem, ao contrário de sua parceira, esconde todas as suas habilidades sob uma capa de bobagem, piadas sem graça e amabilidade. Ele é simpático desde o primeiro olhar, mas você fica com a sensação de que falta alguma coisa, até que essa coisa explode na sua cara e te dilacera pelo meio porque esse homem escolheu estar ao lado do seu grande amor e, se preciso fosse, ser lançado ao Inferno, apenas para que ela tivesse paz; para que ela fosse feliz. O Gerente Gwi nos mostra que há amores e amor. E que, ele, desde a sua primeira vida, amou o amor; o seu único amor. E minha mente começa a tocar Duas Vidas do Armandinho. Inevitável, tal qual a costura do destino que uniu os dois. E os fez três.

Kang-Bae, o menino com cara de abraço, aquele que cresceu sem contato físico por ser difícil demais, encontrou uma dupla de chefes, que se tornaram amigos, que descobrimos ser sua família. A cena dele soltando a mão da Wol Joo é cortante, eu me senti dilacerar e, a partir dali, tudo o que eu soube fazer foi chorar... até aprender a sorrir de novo. Com eles. Por eles. Porque houve paz para essa família excêntrica, porque o menino adorável conheceu o carinho que reside no toque, a gentileza que mora num abraço. Eu acho que tem uma foto do Kang-Bae ao lado da palavra "pureza" no dicionário.


É através do encontro desses três e do prazo apertado que a Rainha Yeomra deu a Wol Joo que assistimos a esse trio resolver as 10 últimas mágoas da punição e como essas mágoas ensinam, hein? Vemos mágoas de todos os tamanhos, cores e sabores, mas no final das contas, todas elas cabem no fundo do copo ssanggapju. Algumas são mais simples de serem resolvidas: um pedido de desculpas (e afastamento) ou uma oportunidade que foi (injustamente) perdida. Outras um pouco mais absurdas: um sonho de gravidez ou os números da loteria. E tem aquelas dolorosas que só poderiam mesmo ser consertadas em sonhos ou do Outro Lado.

E no final, depois do último gole de ssanggapju (que literalmente afoga as mágoas), resta apenas uma coisa: o perdão. Seja nos “casos da semana”, na história de amor ou no encontro do nosso trio. Sem o perdão, a pontuação de Wol Joo não sobe. É preciso saber perdoar aquele que te machucou, e também aprender a se perdoar. Mystic Pop-Up Bar ensina que sua mágoa pode te segurar e pesar seu coração por 500 anos, mas o perdoar, a si mesmo e ao próximo, é se presentear e se libertar.


O que me faz amar (mais!) esse drama é perceber as verdades universais por trás de cada personagem. Cada um deles, assim como cada um de nós, é um agente independente neste mundo, nascemos sozinhos, ainda que nasçamos cercados por pessoas, e encontramos pessoas durante a nossa caminhada, construímos nossas pequenas unidades familiares que nos são chão e céu. Mystic Pop-Up Bar mudou minha forma de ver a vida, mudou minha forma de perceber o mundo.

Parafraseando o drama: "é o céu quem decide o destino de cada pessoa, mas ele é mais sensível do que você imagina. Pequenas coisas que você diz ou faz podem mudar seu destino." Eu chorei e chorei e me senti abraçar e abracei a possibilidade de sentir tudo o que o drama pediu que eu sentisse porque ele me deu um final feliz quando, nas palavras da própria história, eu presenciei "o milagre de estar vivo; o milagre de ter alguém do seu lado."

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