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A mãe tá on - e é dorameira!


Eliane Giardini é a representação do assunto de nossa postagem: mulheres-mães que já passaram dos 50 anos e que, orgulhosamente, podem ser chamadas de mães dorameiras. Segundo o IDEA (Instituto Dream de Estatítica Aplicada), 10 entre 10 dorameiras gostariam que suas mães assistissem a alguma produção asiática também. Inclusive, as listas intituladas dramas para ver com a mãe são comentadíssimas, porque uma iniciação bem feita é garantia de sucesso... e vício!


"Agora quem tá viciada é Mariana, passei uma lista pra ela também. Essa menina só via coisa dos Estados Unidos, mandei se aventurar, nem parece a criança que só via desenho japonês." (NEVES, Tia, 2021).

Essas mulheres que cresceram assistindo a novelas da Globo e que estão saudosas de boas produções (vamos combinar, a qualidade das histórias vem caindo tal qual o balão da musiquinha junina [inclusive, sdds, São João]) encontraram nos dramas asiáticos tudo aquilo que faltava e que, olhem só, nem elas mesmas sabiam antes de apertarem play. A praticidade das histórias com poucos episódios, a inserção de várias tramas no catálogo da Netflix (que já possui alguns dublados!!), a variedade de gêneros e a alta qualidade das produções são alguns pontos considerávels que fazem com que as mães dorameiras desembarquem na Ásia e viajem, neste caso, principalmente, pela Coreia do Sul e pela China, apenas com a passagem de ida.


Tudo começou em 06 de maio de 2021 (parabéns, Baek!! volte logo!!), quando a Let recebeu uma mensagem da tia Vê e chamou Mari e Vanessa, que acionaram mamãe Silvia e tia Neves, respectivamente, para responderem sobre o top 3 de melhores dramas já vistos; a ideia responsável por esta postagem nascer. Fizemos tteokbokki e ramen, colocamos o kimchi na mesa, abrimos algumas garrafas de soju e adicionamos mamãe Glória (Let) à sala de entrevistas (decorada com pôsteres do Hyun Bin, a unanimidade para homem gostoso™). O resultado desse papo pode ser conferido logo abaixo!


Nossos entrevistadores, o casal presente em todos os top 3, estão a postos!

1. Como você começou a assistir a doramas?

Glória (mãe da Let): Pra acompanhar as filhas, fazer algo em família.

Neves (tia da Vanessa): Eu comecei a assistir por indicação de uma querida, a Vanessa, que tem um gosto refinado, então eu me apaixonei.

Silvia (mãe da Mari): Minha filha me indicou Pousando no Amor, daí pra frente eu me apaixonei. O Hyun Bin e a Ye Jin me fizeram retomar toda aquela coisa do momento do primeiro amor, sabe? De se apaixonar? O homem bonito e gentil que é o que toda mulher quer, né? Faz a gente gostar do casal, de estar junto.

Verônica (tia da Let): Influência das minhas sobrinhas, que já assistiam e amavam. Na pandemia, precisava buscar mais coisas pra fazer.


2. Por que você gosta de doramas?

Glória (mãe da Let): Porque normalmente são leves, divertidos. Apresentam outra cultura, pessoas bonitas que não aparecem em outros programas.

Neves (tia da Vanessa): Bom, o que eu mais gosto é que a maioria tem apenas uma temporada, a gente não precisa ficar esperando angustiada como as séries americanas, o que é muito ruim.

Silvia (mãe da Mari): Porque são dramas leves, gostosos, me descansam, me atrai e é uma coisa que faz eu me apaixonar. E eu amo as músicas, eu gosto muito das letras das músicas.

Verônica (tia da Let): Porque me faz feliz! Fico apaixonada por todos os protagonistas.


3. Qual é o seu top 3?

Glória (mãe da Let): Pousando no Amor, Porque Esta é Minha Primeira Vida, Minha Juventude (c-drama).

Neves (tia da Vanessa): Ai são tantos! *suspira* Mas o que impactou foram Ashes of Love (c-drama), detalhe que são 60 epissódios de muita emoção e o Deng Lun é um gato, Mr. Queen e Pousando no Amor, o Hyun Bin é um dos homens mais bonitos da Coreia. Rei Eterno seria meu 4º, o Lee MinHo eu pegaria *risadinha* e eu amei 18 Again também, são tantos!

Silvia (mãe da Mari): Pousando no Amor, Oh My Venus e Vincenzo. Ai eu também queria colocar Tudo Bem Não Ser Normal.... Mas Dear My Friends.... E Irei Quando O Tempo Estiver Bom.... Secretária Kim também... Coloca Nokdu.... Mulher Forte, eu amo! Ai Deus, tanto dorama bom…” *suspira dramaticamente*.

Verônica (tia da Let): Saimdang é hors-concurs (porque foi o primeiro que ela viu), mas o top 3 é: Something in the Rain, Pousando no Amor, Rei Eterno.


4. O que você mais gosta nos dramas?

Glória (mãe da Let): São histórias simples, delicadas que acontecem com qualquer pessoa.

Neves (tia da Vanessa): O que eu mais gosto é que são curtos, apenas uma temporada e com desfecho, se bem que às vezes o desfecho deixa a desejar e poderia ser diferente, porque a gente cria uma expectativa referente à temporada e se frustra no final, mas mesmo assim, são meus preferidos! Também gosto das paisagens, e eu acho eles muito elegantes, o porte deles, assim, a forma como eles falam... eles são muito finos no falar, no andar; eu acho muito bonito. E os costumes, a cultura no geral, eu me encanto com isso!

Silvia (mãe da Mari): As histórias que são muito bem contadas, os coreanos são lindos e as coreanas são maravilhosas. E eu gosto do mistério, aquela coisa do destino, do reencontro. Eu gosto muito dessa vibe deles. E uma coisa que eu gosto muito é sutileza que eles tratam a questão do amor, do carinho e do toque. Ai pensei em Goblin, que lindo… E Rei Eterno, então?

Verônica (tia da Let): Entendi o conceito de amor genuíno, que é amar sem querer pra si e fazer tudo que puder pro outro ficar bem.


5. O que você não gosta nos dramas?

Glória (mãe da Let): Às vezes fantasiam ou exageram demais em algumas cenas. Nas séries chinesas têm muita enrolação desnecessária.

Neves (tia da Vanessa): Não é nem no dorama em si, mas o fato de não ter a opção dublada em todos é ruim porque eu não gosto de perder cenas e, às vezes, eles falam muito rápido e eu me perco. Teria tanta mais audiência se tivesse dublagem em mais doramas! Mas falando especificamente da história, eu acho que algumas escolhas de desfecho seja algo que eu diga que não goste.

Silvia (mãe da Mari): A repetição das cenas me enche um pouco o saco, relembrando as coisas me enche.

Verônica (tia da Let): Como toda novela, fica esticando umas cenas sem necessidade.


6. Pra você, qual é a maior diferença das séries dos EUA/novelas brasileiras para as séries coreanas?

Glória (mãe da Let): As brasileiras e as dos Estados Unidos têm muito apelo sexual, cenas picantes desnecessárias que causam constrangimento se aparecer uma criança ou um idoso na sala.

Neves (tia da Vanessa): A maior diferença entre os doramas e as séries que eu particularmente sinto é a pegada, sabe? O beijo, o carinho, a demonstração de carinho, de afeto; eles são muito contidos, precisam se soltar mais um cadinho, só acho, rs.

Silvia (mãe da Mari): A delicadeza com a qual eles expõem os assuntos, o jeito como eles expõem os dramas da vida real.

Verônica (tia da Let): As americanas são muito parecidas com nossa cultura, as coreanas mostram um mundo muito diferente do que a gente conhece.



Park Saeroyi faz carinho na cabeça de Yiseo, no drama Itaewon Class
Tia Neves: "Falta pegada". Menos carinho na cabeça, mais ação!

A entrevista com as mães e tias dessas dorameiras que vos falam chega ao fim, com o carinho de um abraço e a sensação de assistir o último episódio de um dorama favorito. Seja para investigar a razão desse fenômeno intergeracional, seja pra provar que novos gostos não têm limite de idade, a verdade é que essa conversa mostrou, essencialmente, que há um mundo de descobertas interessantes e acessíveis pra todas as mulheres românticas dispostas a experimentar histórias contadas de um jeito diferente.


Enquanto não podemos juntar as mães e tias dorameiras pra assistir uma reprise de Pousando no Amor e bater um papo de comadres com direito a muitas risadas e uns golinhos de soju, o jeito é cada uma continuar assistindo doramas no conforto da própria casa e se conectando umas com as outras pela internet (o que algumas delas já fazem muito bem - existem grupos enormes no Facebook compostos por dorameiras +50!), através das filhas e sobrinhas e, principalmente, das novelinhas asiáticas que nos lembram porque gostamos tanto de histórias de amor, não importa qual seja a origem.

Foi pra você, tia Vê!

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