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  • deboratheobald

5 personagens femininas incríveis de k-dramas


Não tem nada mais que a gente ame enquanto assiste a um k-drama do que aquele mocinho perfeito, que nos arranca suspiros ao chorar confessando seus sentimentos enquanto usa lindamente uma blusa de gola alta.


No entanto, o outro lado também precisa nos cativar. Sem uma protagonista a história não está de fato completa, afinal não há nada mais gratificante do que acompanhar uma trama com uma protagonista feminina complexa e que tenha suas motivações bem trabalhadas e desenvolvidas.


Na minha carreira ainda de iniciante de dorameira já me deparei com tantas personagens bem construídas, refletindo a multifacetada experiência feminina nas telas, que decidi fazer essa lista com alguns nomes dos doramas que assisti até hoje.


Nam Ji-ah (Cho Bo-ah)

Reza a lenda que o primeiro k-drama a gente nunca esquece. O meu foi Tale of the Nine-Tailed, que, além de me fazer virar fã de carteirinha logo de cara de Lee Dong-wook, também me surpreendeu com sua protagonista, Nam Ji-ah. Por alguma concepção boba e um pré-julgamento, na minha cabeça personagens de doramas eram todas delicadas demais, inocentes e prontas para serem resgatadas (o que, vamos combinar, não é defeito nenhum), então quando Jih-ah apareceu na minha tela com sua determinação, coragem e força de continuar mesmo quando a vida não parava de lhe dar rasteiras, eu fiquei surpresa e encantada.


Ela perdeu os pais em um acidente misterioso quando era uma criança e sua sede de descobrir o que aconteceu com eles a levou a seguir carreira na televisão, em um programa que investiga eventos com cunho sobrenatural. Isso a coloca no caminho de Lee Yeon (Lee Dong-wook), uma raposa de nove caudas que tem seu destino ligado ao dela. No decorrer da trama, quanto mais os dois vão se envolvendo, mais Jih-ah vai mostrando o quão astuta é, sua enorme capacidade de quebrar, sofrer com as injustiças que o destino prega em sua vida, e logo em seguida, com obstinação, levantar a cabeça e seguir em frente com uma força admirável. Sua lealdade com seus amigos e até onde ela está disposta a ir para salvar aqueles que ama também são tocantes.


Yoon Se-ri (Son Ye-jin)

Com a personagem de Yoon Se-ri, de Pousando no Amor, fui apresentada a um tipo de personagem que não encontrava nas poucas produções norte-americanas que eu ainda acompanhava: a da mulher descompensada. Sabe quando você não sabe que algo falta na sua vida até encontrar e, então, assim que esse algo cai de paraquedas () na sua frente você percebe que precisava disso o tempo inteiro? Esta foi minha experiência com Pousando no Amor e com sua protagonista.


Se-ri é uma empresária bem sucedida que projeta uma fachada de durona, inalcançável e bem-resolvida. Todas as coisas que esperamos que pessoas sob o olhar público sejam; ser vulnerável não é uma escolha, ainda mais quando se tem uma família que faria de tudo para te sabotar e roubar suas conquistas.

"Espalhem a notícia que Yoon Se-ri está de volta."

O modo como a vivacidade, bom humor e genuinidade com a qual ela age enquanto está cercado de seus novos amigos norte-coreanos, combinado com sua tenacidade, resiliência e coragem de olhar para trás, para um tempo em que ela não queria viver de fato e ressignificar estes momentos, agora no presente, para seguir em frente com um coração mais cheio e pleno, em que a dor ganhe uma companhia mais alegre, a tornam uma personagem que vem constantemente à mente quando penso em como eu gostaria de encarar a vida.


Kim Bok-joo (Lee Sung-kyung)

Perfeita, sem defeitos. Nunca errou. Fada Sensata. A nossa halterofilinda (apelido carinhosamente cunhado pela Letícia) é uma das personagens mais sensíveis e bem escritas de produções coming of age que já assisti. Uma menina que herdou o amor pelo levantamento de peso do pai e que divide seu tempo entre treinar, viver momentos memoráveis com as amigas e ajudar seu pai no restaurante da família, Kim Bok-joo vem até nós como uma garota segura de si, confiante no esporte que pratica e bem resolvida – até ela se apaixonar por um cara mais velho e entrar no turbilhão que é o processo de entender o que acontece conosco quando o bichinho do amor nos morde.


Um turbilhão de sentimentos também é o que sentimos ao acompanhar a jornada de autoentendimento de Kim Bok-joo e seu crescimento ao longo da trama. Desde o seu momento de realização de que ela é uma garota, que o sexo oposto pode a achar bonita, ser gentil com ela e lhe dar atenção, e que todo o seu ser não precisa – ou é – resumido a ser a prodígio levantadora de peso, passando por crises sobre sua identidade de atleta, até chegar a realização de que em um minuto somos uma coisa e no outro já mudamos e está tudo bem ser uma grande mistureba de sentimentos, visões e afetos, e ficar confusa durante essa jornada, se perder, se achar, e depois se perder de novo, em um processo constante de mutação; Kim Bok-joo nos mostra o que é ser jovem, cheia de garra e uma mulher descompensada em formação, que na maior parte do tempo demonstra o carinho que sente pelos outros sendo cabeça dura.


Choi Ae-ra (Kim Ji-won)

"Eu acho que as pessoas realmente precisam fazer o que amam"

Com Ae-ra, de Fight for My Way, temos não só a representação da mulher descompensada, mas também da mulher doida! “Ela é nossa amiga e é louca", grita Dustin na primeira temporada de Stranger Things ao falar de Eleven, e tenho certeza de que em algum momento da amizade entre Ae-ra, Ko Dong-man (Park Seo-joon) e Baek Seol-hee (Song Ha-yoon) alguns dos dois falou exatamente isso sobre ela e ninguém vai me convencer do contrário.

"Eu vou te proteger"

A dedicação e esforço que ela coloca em sonhar com a profissão que faz seu coração bater feliz e em tentar alcançar seus objetivos é a mesma que ela reserva aos seus amigos e usa para protegê-los. Sem levar desaforo para casa, ela peita qualquer um, seja em seu nome ou em daqueles que ama. Osso duro de roer, ela também tem um lado sensível, sempre pronta para oferecer uma palavra amiga e cheia de perspectiva e acolhimento quando precisam dela. O fato é que Ae-ra é intensa e encara a vida e se porta de um jeito muito peculiar, que me cativou quase tanto quanto seu romance com seu melhor amigo de infância. Ela nos mostra que ser perdida na vida traz angústia, tristeza e cansaço, mas que se você está cercado de pessoas que te enchem de apoio, sonham seus sonhos junto com você e apreciam e se importam apaixonadamente pelo jeito que você é, a jornada acaba por ficar menos turbulenta.


Hong Cha-young (Jeon Yeo-been)

Ae-ra andou para que Cha-young pudesse correr. Com o lançamento de Vincenzo, ganhamos o suprassumo da personagem descompensa e doida, e de bônus um homem que não só a apoia completamente em suas atitudes espalhafatosas, mas secretamente fica ali no cantinho, dando sorrisinhos de lado cheios de apreciação e olhares de admiração, tudo enquanto segura a sua bolsa ou café.


Cha-young é uma advogada tinhosa, que não leva derrota para casa, e quando descobre um senso de justiça cunhado pela dor e perda, não mede esforços para alcançar aquilo a que se propõe, mesmo que isso signifique descobrir um lado novo seu e encarar mais de perto aquela escuridão que todos temos dentro de nós. A tenacidade, autoconfiança, inteligência e força que ela exala a tornam uma personagem afrontosa, cativante e brilhante. O roteiro primoroso do k-drama também a constrói na medida certa, balanceando muito bem seu humor com seu lado mais dramático, mas também sensível. Cha-young é uma verdadeira obra-prima de personagem feminina multifacetada e cheia de complexidade, com um interesse amoroso que é gado demais por ela (perdão a expressão, só ela pode transmitir a profundidade desta verdade). Ou seja, bem do jeitinho que a gente gosta – e merece – que protagonistas sejam.

"Tchau."

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